A Justiça de Santa Catarina negou que uma criança, de 11 anos, vítima de estupro e grávida de 29 semanas, realizasse um aborto autorizado. O caso repercute na redes sociais.
O caso ganhou repercussão nacional nesta segunda-feira (20), após a revelação da gravação de uma audiência de 9 de maio, divulgada pelos sites Portal Catarinas e The Intercept, onde mostra a defesa da magistrada à ideia de a vítima não interromper a gravidez, desejo manifestado pela criança e pela sua mãe e responsável legal.
Em alguns trechos da audiência, a magistrada Joana Ribeiro Zimmer, da 1ª Vara Cível de Tijucas, a 50 quilômetros de Florianópolis, chega a perguntar a menina se ela quer continuar a gravidez, se o estuprador quer ter o bebê, se ela importaria de continuar mais um pouquinho com a gestação e se ela gostaria de dar um nome ao bebê.
A criança estava sendo mantida em um abrigo para evitar que fizesse o aborto. Porém, nesta terça-feira (21), a Justiça de Santa Catarina autorizou que a menina voltasse a morar com a mãe. A informação foi confirmada pela advogada da família, Daniela Felix.
O caso segue em sigilo.
No twitter, a #CriançaNãoÉMãe e #ESTUPRADA está em alta no Brazil trends e entidades privadas, assim como figuras públicas, estão se manifestando contra o caso. Confira: